Acordos de Dupla Tributação e planeamento fiscal: como minimizar a carga tributária ao investir em Portugal

Os Acordos de Dupla Tributação (ADT) são instrumentos essenciais para investidores estrangeiros que pretendem adquirir imóveis em Portugal, pois garantem que não sejam tributados duas vezes sobre os mesmos rendimentos – tanto no seu país de residência como em Portugal. Estes acordos são fundamentais para uma gestão fiscal eficiente, permitindo que investidores residentes e internacionais otimizem a sua carga fiscal.

1. O que são os (ADT)?

Os Acordos de Dupla Tributação são tratados bilaterais assinados entre Portugal e outros países para evitar a tributação duplicada sobre os mesmos rendimentos por dois ou mais Estados. Atualmente, Portugal tem 79 acordos ativos, abrangendo países da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Brasil, China, Hong Kong, Angola, E.A.U. entre outros.

Estes acordos estabelecem regras para determinar em que país (fonte e/ou residência ou sede) certos rendimentos são tributados e quais as taxas máximas aplicáveis em alguns casos, criando um ambiente fiscal mais previsível para investidores estrangeiros.

 

2. Como os ADT beneficiam investidores estrangeiros em Portugal?

Os investidores estrangeiros que adquirem imóveis em Portugal podem beneficiar dos Acordos de Dupla Tributação de várias formas:

<> Redução ou isenção de imposto sobre rendimentos prediais (arrendamento): Se um investidor estrangeiro (ou seja, não residente) recebe rendimentos de arrendamento em Portugal, pode ter direito a taxas reduzidas ou isenção do imposto sobre o rendimento no seu país de origem, dependendo do ADT aplicável.

<> Evita dupla tributação sobre mais-valias imobiliárias: Quando um estrangeiro vende um imóvel em Portugal, as mais-valias podem estar sujeitas a tributação tanto em Portugal como no seu país de residência. No entanto, muitos ADT estabelecem que a tributação ocorre apenas no país onde o imóvel está localizado (ou seja, em Portugal), evitando impostos adicionais no país de origem.

<> Tratamento favorável para aposentados e expatriados: ADT’s aplicam-se para eliminar a dupla tributação sempre que haja rendimentos provenientes de um Estado que não é o Estado da residência. Por isso, para aqueles que vivem em Portugal e recebem, por exemplo, pensões de reforma ou rendimentos de capital de outros Estados, são muito relevantes.

3. Como otimizar a tributação através dos ADT?

Para garantir que está a beneficiar de um ADT da forma mais eficiente, é essencial seguir alguns passos:

<> Verificar se o seu país tem um ADT com Portugal: Pode consultar a lista de tratados no site da Autoridade Tributária Portuguesa (AT).

<> Preencher a Declaração de Residência Fiscal (Modelo 21-RFI): Para usufruir dos benefícios do ADT, o investidor deve apresentar este formulário às autoridades fiscais portuguesas e comprovar a sua residência fiscal no estrangeiro.

<>Planeamento fiscal personalizado: Dependendo do perfil do investidor e da origem dos rendimentos, é possível estruturar os investimentos e recebimentos para maximizar os benefícios dos tratados.

<>Apoio de Advogados e Consultores Fiscais: A legislação fiscal pode ser complexa e varia entre países. Um advogado especializado pode ajudar a interpretar e aplicar corretamente os ADT.

Os Acordos de Dupla Tributação são uma ferramenta essencial para quem investe em Portugal, garantindo que rendimentos imobiliários, mais-valias e heranças não sejam tributados duas vezes. Com um planeamento fiscal adequado e o suporte de especialistas, é possível otimizar os benefícios fiscais e estruturar o investimento de forma eficiente.

Na MATLAW, ajudamos investidores e residentes estrangeiros a maximizar os benefícios dos ADT, garantindo um processo transparente e vantajoso. Entre em contacto connosco para saber mais.